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Política

Política • 05 out, 2019

“A grandiosidade dos pequenos”


Quando os resultados de todas as pequenas empresas são colocados conjuntamente, temos sempre um macrodesempenho que pode fazer inveja a qualquer grande conglomerado.

Todos os entes federativos, governos federal, estadual e municipal, devem repensar, aos poucos, suas políticas econômicas. Reforçamos, claro, a importância nos incentivos abrangentes, calculados em valores vultuosos para gerar milhares de empregos. De fato, o efeito desta política de geração de emprego é transformador. Quando uma grande indústria ou um grande empreendimento se instala em um lugar, automaticamente, várias outras empresas – muitas delas pequenas – são formadas no entorno para atender à demanda gerada por esta maior.

A política macroeconômica do Brasil – e talvez de qualquer lugar do mundo – não é difícil de ser pensada; por isso, claro, são elas que ocupam o maior espaço das reuniões governamentais e, muitas vezes, um bom espaço do noticiário econômico da grande imprensa. Atrair grandes empresas é o fato que gera guerras fiscais entre as unidades da federação e ainda faz com que estes grandes empreendimentos se submetam a leilões entre países, estados e municípios.

A outra política, que sugerimos aos governantes que dediquem mais atenção, já é mais rara e, ao contrário da outra, sempre oferece grandes resultados. Estamos falando dos incentivos aos micro e pequenos empreendimentos. Nesta edição, por exemplo, mostraremos o impacto significativo destas pequenas empresas no mercado de trabalho de Mato Grosso do Sul. Elas geram mais da metade das vagas.

Diante do excelente desempenho das pequenas empresas, sobretudo neste momento em que o País tenta deixar de vez a crise econômica, fica a pergunta: será que os incentivos destinados aos micro e pequenos empresários são, proporcionalmente, iguais aos oferecidos aos grandes? É de se pensar se as ações criadas para beneficiar os pequenos, de fato, são efetivas.

E quando falamos de incentivos, não falamos somente dos financeiros; falamos de apoio com informações, treinamentos e pesquisa. O sistema S já canaliza parte dos seus recursos neste setor, mas será que o acesso deveria ser facilitado?

Quando os resultados de todas as pequenas empresas são colocados conjuntamente, temos sempre um macrodesempenho que pode fazer inveja a qualquer grande conglomerado. Mais do que ajudar os pequenos, os governantes, e a própria sociedade, devem contribuir para desafiá-los a se tornarem grandes. (Editorial do Correio do Estado)




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