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Artigos • 21 abr, 2018

CLAUDINET COLTRI JR.


O mundo pós-emprego

Claudinet Coltri Jr.

No artigo anterior falávamos sobre o futuro do emprego, tudo o que está acontecendo hoje e, ainda, quais as previsões para um futuro que estão batendo à nossa porta. Terminamos com as questões: qual será o impacto real disso tudo a todos nós? O que fazer diante desse cenário? Como podemos nos precaver?

O aumento da expectativa de vida, juntando com as informações não tão convincentes (como já expliquei aqui, há algum tempo) de que a Previdência está quebrada, vai fazer com que demoremos cada vez mais para chegarmos à aposentadoria. Além disso, a tendência é que quando (e se) conseguirmos, seja com valores mais baixos. E já não é de hoje que o valor da aposentadoria deixa a desejar. De qualquer maneira, a falta de empregos e o excesso de pessoas não empregáveis tornará muito difícil que as pessoas se aposentem.

No fundo, o pior de tudo, é realmente esse mundo do pós emprego, já que há (e cada vez mais haverá) uma longa trajetória entre a formação, a entrada no mercado de trabalho e a aposentadoria. Como passar por ela?

Precisamos estar atentos aos novos formatos e as novas oportunidades que se apresentam. Conectividade é uma das formas de negócios de um futuro próximo. Já é do presente, na verdade. Uber é uma empresa de sucesso em transporte sem ter carros; Airbnb é uma empresa de hospedagem sem ter um hotel; AliExpress uma empresa de e-commerce sem ter uma loja se quer. Essas, dentre tantas outras oportunidades que já se apresentam, são negócios que nos mostram que a conexão em plataformas é uma das possibilidades de remuneração nesses períodos que estão por vir. Artesanato, autoria de música, escrever livros etc., são outras atividades que tenderão a crescer, exatamente por gerar a chamada renda residual, que é aquela fruto de um trabalho anterior que ainda gera frutos.

Dentro desse cenário, aquilo que aprendemos e ensinamos nas faculdades vai ficando obsoleto com uma rapidez cada vez mais impressionante. Em algumas profissões, aquilo que se aprende no primeiro ano de faculdade, já não vale mais no último. Com isso tudo não quero dizer que as formações profissionais no nível de terceiro grau não terão valor. O fato é que, em essência, é importante uma formação para o desenvolvimento humano. Porém, ela não garantirá mais a sobrevivência (já temos um número grande de graduados sem emprego).

E você, tem pesquisado novas formas de trabalho? Importante fazê-lo. Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Claudinet Coltri Junior é professor, palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. Website: www.coltri.com.br – E-mail: coltri@coltri.com.br facebook.com/coltrijunior.




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