Campo Grande, 27/04/2024 07:29

Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

Política

Política • 18 jul, 2021

Campo Grande: um exemplo no combate ao Covid


Na sexta-feira (16), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga esteve em Campo Grande para conhecer  projetos inovadores desenvolvimentos na área da saúde que projetam a Capital Sul-mato-grossense como referência para todo o país. Durante a passagem pela Capital, o ministro enalteceu os avanços  obtidos na saúde pública do Município, sobretudo no fortalecimento da Atenção Primária, o bom desempenho na vacinação e o pioneirismo no tratamento pós-covid.

A primeira agenda do ministro foi na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) onde esteve reunido com os secretários municipais de saúde do Estado e em seguida participou de ato realizado no Parque Ayrton Senna, com a presença de autoridades e residentes dos programas de residência médica e multiprofissional em saúde da família , implementadas através do Laboratório de Inovação na Atenção Primária à Saúde (INOVAAPS).

Antes de dar início à solenidade, o ministro realizou a vacinação do instrutor de autoescola Rodrigo Lacerda, que estava aguardando para tomar a primeira dose. No local funciona um ponto de vacinação em sistema drive-thru. Por medida de segurança, todos os presentes precisaram apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 para ter acesso ao Parque Ayrton Senna.

Na abertura, Queiroga anunciou investimentos para a saúde bucal do Município. Foram assinados termos de compromisso para estruturação do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) Nova Bahia e credenciamento de 68 novas equipes de saúde da família.

Os CEOs classificados como clínica especializada/ambulatório de especialidade são a referência para continuidade do cuidado à Saúde Bucal oferecido pelas equipes de Atenção Primária do Município. Atualmente a Capital conta com cinco unidades neste formato.

O primeiro projeto apresentado ao ministro foi o INOVAAPS, que teve início de forma pioneira em Campo Grande em 2019, através da parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde. A experiência foi evidenciada como modelo de boas práticas em artigo publicado na edição de junho da revista Ciência & Saúde Coletiva, referência em saúde pública e coletiva.

Por meio do INOVAAPS, foi possível impulsionar a criação de dois tipos de residência na cidade: Medicina de Família e Comunidade e Residência Multiprofissional. Os processos lançados no ano passado atraíram profissionais de diversos estados do país.

“Entendemos a necessidade de se formar profissionais capacitados para atender as mais diversas necessidades e a residência em saúde da família cumpre esse papel. A saúde começa na ponta, na atenção primária, por isso esta tem sido uma das prioridades do Ministério da Saúde. A formação é fundamental para que a gente possa fazer a diferença e criar um cenário mais favorável à saúde pública brasileira. Notamos que Campo Grande tem se destacado neste quesito”, comentou o ministro.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, destaca que com estes profissionais incluídos na atenção primária a prestação de serviços na área é fortalecida, sendo um dos maiores legados da gestão.

“Estes profissionais serão o futuro da atenção básica do nosso Município. Eles serão peças importantes  na melhoria das ações promoção da saúde, como prevenção de agravos, cura e reabilitação dos indivíduos, cuidado em torno das necessidades individuais considerando os contextos de cada paciente, de familiares e da comunidade. Eles são formados para ter um entendimento mais amplo em relação às necessidades básicas dos pacientes”, complementa.

Além do ensino e especialização dos profissionais, há estudos que mostram que a integração dos residentes ao atendimento da população aumenta a satisfação entre os cidadãos que utilizam a rede pública, há um custo-benefício maior para o governo – uma vez que passa a se dar mais atenção a agravos que poderiam evoluir para urgências e emergências – e oferece atenção à saúde de quem mais precisa.

O avanço conquistado na atenção primária fez com que Campo Grande saltasse da última para a oitava posição entre as capitais com melhor cobertura de estratégia de saúde da família do país.

Antes do INOVAAPS, o Município contava com 147 equipes de saúde da família (ESF) e 143 de saúde bucal (SB). Com a implementação do laboratório, foram criadas 32 novas equipes, sendo 19 de saúde da família (ESF) e 13 de saúde bucal (SB). Com isso, a Capital passou a contar com 166 equipes (ESF) e 157 equipes (SB).

Outro ponto que também teve um resultado positivo, são os Núcleos de Ampliados de Saúde da Família (NASF), que hoje têm uma cobertura de 87,57%, atuando em 46 unidades de saúde da Capital.

Além dos avanços na atenção primária,  o pioneirismo no acolhimento aos pacientes após o contágio do coronavírus e a agilidade no processo da vacinação da Covid-19, que já imunizou quase metade dos habitantes, vacinando 44,77% da população, também foram evidenciados.

A vice-prefeita, Adriane Lopes, destaca a notoriedade das iniciativas desenvolvidas em Campo Grande, que resultam na melhoria significativa da qualidade da assistência prestada à população.

“Nós saímos de 35% da cobertura de saúde da família, em 2017, e atingimos mais que o dobro chegando a 75% de cobertura. E isso graças ao desenvolvimento destas iniciativas e adesão destes novos profissionais que estão sendo formados. Certamente isso se refletiu no atendimento na melhora do atendimento da população.  Campo Grande  lidera o ranking como Capital com maior número da população vacina e temos orgulho de dizer que também somos pioneiros no atendimento de pacientes com sequelas provocadas pela doença, tendo hoje dois ambulatórios com atendimento 100% SUS. Nós tivemos momentos muito difíceis, de perdas. Mas certamente estas medidas fizeram toda a diferença.”, diz.

Monitora Saúde

Durante a solenidade foi feita a doação ao Ministério da Saúde da plataforma “Monitora Saúde”, a qual integra o sistema de identificação prévia desenvolvido pela Prefeitura de Campo Grande,  para que possa ser utilizada por outros municípios do país.  No “pacote” inclui o sistema de monitoramento dos pacientes, gestão de vacinação, controle de estoque de vacinas e carteira digital de vacinação.

 




Deixe seu comentário