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Política • 03 nov, 2018

Depois de quase 2 anos, justiça devolve caminhonete de empresário morto por PRF


 

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, determinou a restituição da caminhonete Toyota Hilux do empresário Adriano Correia do Nascimento, morto a tiros pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon durante discussão no trânsito. O despacho do magistrado foi feito quase dois anos depois docrime ocorrido na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016, no centro de Campo Grande – o réu vai a júri popular.

A mãe de Adriano, Marili Correia do Nascimento, havia requerido o veículo em três ocasiões, para poder acionar a seguradora. Ela teve os pedidos rejeitados, uma vez que a justiça entendia que a Hilux ainda interessava ao processo, principalmente depois que provas falsas foram plantadas. À época das primeiras investigações, após perícia, surgiram dois flambadores na caminhonete que teriam sido colocados como forma de beneficiar a defesa do PRF, já que os equipamentos se parecem com armas ele alegava legítima defesa – responsável não foi identificado.

Desta vez, em análise sobre o pedido da família de Adriano, o juiz constatou que as perícias necessárias já haviam sido realizadas e nada mais foi requerido pelas partes envolvidas, de modo que não havia razão para a manutenção da apreensão. “Por corolário, manter tal veículo apreendido servirá apenas para expô-lo ao perecimento e a convolá-lo em ferro velho em data posterior. Assim, autorizo a restituição”, proferiu em decisão publicada dia 26 de outubro.

O CRIME

O empresário Adriano Correia foi morto por Ricardo Hyun Su Moon após briga de trânsito na manhã do dia 31 de dezembro de 2016. A vítima sofreu duas perfurações no tórax, uma na costela e outra no braço direito. O crime aconteceu enquanto vítima e dois amigos retornavam de uma casa noturna onde foram comemorar aniversário.

Informações da Polícia Civil apontam que Ricardo Moon teria disparado pelo menos sete vezes. O caso ocorreu na Avenida Presidente Ernesto Geisel, entre a Rua 26 de Agosto e a Avenida Fernando Corrêa da Costa, quase em frente à Capela da Pax Mundial. Adriano era proprietário do Madalena Restaurante e de uma unidade do Sushi Express.

De acordo com testemunhas, por volta das 5h50, ele e os acompanhantes seguiam em uma caminhonete Toyota Hilux pela Ernesto Geisel, quando perto do cruzamento com a Avenida Afonso Pena supostamente teriam fechado a Mitsubishi Pajero ocupada pelo PRF. Este, por sua vez, estaria indo para o trabalho e não gostou da situação. Por isso, perseguiu Adriano. O PRF alega legítima defesa para ter atirado em Adriano.

RENAN NUCCI – FOTO BRUNO HENRIQUE

Correio do Estado




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