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Política • 03 dez, 2019

Prova expõe década de estagnação no ensino no Brasil; China passa a liderar


( Folha de S.Paulo)

Avaliação mostra que desempenho de brasileiros parou de subir em 2009; estáveis, EUA estão em nível abaixo de asiáticos

Em uma edição marcada pela ascensão da China, o Pisa, principal avaliação de qualidade da educação básica do mundo, mostrou uma estagnação no desempenho do Brasil por quase uma década.

Apesar do resultado ruim, a previsão do ministro Abraham Weintraub (Educação), de que o país ficaria em último lugar entre os da América do Sul acabou por não se concretizar.

Ao fazer a afirmação há duas semanas, ele não deixou claro se estava adiantando os resultados. “Estou supondo com base em números robustos”, disse.

Com exceção do ranking de ciências, em que aparece empatado com Argentina e Peru, o Brasil está ligeiramente à frente da Argentina em matemática e de Argentina, Colômbia e Peru em leitura.

Aplicado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a cada três anos, o Pisa avaliou em 2018 alunos de 15 anos de 79 países ou regiões. A prova considera Macau e Hong Kong, territórios da China com administração própria e certo grau de autonomia, como entidades independentes.

A organização pontua no relatório de resultados da avaliação que o Brasil avançou em matemática entre 2003 e 2018, mas a melhora ficou concentrada nos primeiros anos desse período.

Na fase seguinte, a tendência é de estagnação. “Após 2009, em matemática, leitura e ciências, a performance parece variar em tendência estável”, diz o texto.

O Brasil ocupa no ranking da avaliação a 42ª posição em leitura, destaque do relatório deste ano, a 58ª em matemática e 53ª em ciências.

Além da média baixa e estagnada, chama a atenção a quantidade de alunos brasileiros abaixo do desempenho considerado mínimo. Do total de estudantes, 43% não alcançaram o nível considerado mínimo em nenhuma das áreas do conhecimento.

A situação mais grave é a de matemática. Apenas 32% dos brasileiros atingiram o mínimo na disciplina no país, enquanto a média dos integrantes da OCDE é de 76%.

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